O The Who vive um momento especial: prestes a comemorar os 50 anos de banda, Roger Daltrey contou à Rolling Stone norte-americana que a banda pretende fazer sua última grande turnê em 2015.
Um álbum de inéditas é outro projeto em andamento. Além disso, em breve chegará às lojas uma nova versão deluxe de "Tommy", remixado, com demos inéditas de Pete Townshend e uma série de gravações da turnê da banda em 1969 que nunca foram lançadas. E foi por conta deste relançamento que Daltrey sacou do fundo de suas lembranças algumas considerações sobre os mágicos anos 60.
"Nós tínhamos sido influenciados pelo nosso empresário em transformar músicas pop de três minutos em algo a mais. Nós fizemos uma mini-ópera, "Teen Cancer America" em "A Quick One" (1966). Então fizemos outra faixa estendida no "The Who Sell Out" (1967) chamada "Rael"m sendo esta cheia de backing vocals – uma faixa realmente interessante. Quando voltamos para o estúdio, tínhamos feito um sucesso medíocre com "I Can See For Miles", embora eu o achasse brilhante, provavelmente um dos melhores que já fizemos. Mas a fórmula estava se esgotando. Ter que criar hit singles o tempo todo é a parte difícil da indústria da música. Mas criar música? Isso era bem mais fácil e mais artisticamente atraente para Pete", disse o cantor.
E aí começa a surgir uma obra completa, comenta Daltrey. "Pete veio com a ideia de como seria a vida se você tivesse que vivê-la apenas através de vibrações de sentimentos. A ideia era, “Imagina se você fosse cego, surdo e mudo. Como seria experimentar certos momentos da sua vida?” E tínhamos uma música chamada “Amazing Journey". Esse foi o começo de tudo. Minha lembrança é que gravamos uma música sobre um menino cego, surdo e mudo e cresceu daí. Basicamente, Pete foi para casa depois que gravamos e voltou com outras músicas que gradualmente combinavam e iam formando o esboço do que seria "Tommy". Pediram para que John Entwistle escrevesse sobre o lado sombrio das coisas. Havia personagens obscuros como Uncle Ernie, com o qual nos divertimos na época. John escreveu essa faixa e “Cousin Kevin”, que é a maldosa. Pessoas falam sobre o Tommy de Pete Townshend, mas na verdade é o Tommy do The Who."
Por vezes, a banda chegou a se preocupar com o fato de "Tommy" ter se tornado tão grandioso a ponto de ofuscar qualquer trabalho posterior da banda. Mas o medo de que isso acontecesse veio de verdade após a realização do filme, em 1975. "Eu nunca tinha percebido a diferença entre o que se chama de estrela de cinema e estrela de rock. Era absurdamente diferente. Foi muito difícil de lidar até um, dois anos depois daquilo. Mas no final das contas, eu estava determinado a ficar com o The Who durante toda a montanha-russa da época. Foi uma loucura. Pessoas te tratam diferente e você pensa “Eu não quero ser tratado diferente. Eu só quero estar em uma banda de rock”. Sem contar que era um saco as pessoas me chamarem a todo tempo de Tommy. Foi difícil. Apenas muito, muito difícil", finalizou.
Confira abaixo uma performance explosiva do The Who em 1970, auge da turnê de "Tommy", com a performance do álbum na íntegra:
"Nós tínhamos sido influenciados pelo nosso empresário em transformar músicas pop de três minutos em algo a mais. Nós fizemos uma mini-ópera, "Teen Cancer America" em "A Quick One" (1966). Então fizemos outra faixa estendida no "The Who Sell Out" (1967) chamada "Rael"m sendo esta cheia de backing vocals – uma faixa realmente interessante. Quando voltamos para o estúdio, tínhamos feito um sucesso medíocre com "I Can See For Miles", embora eu o achasse brilhante, provavelmente um dos melhores que já fizemos. Mas a fórmula estava se esgotando. Ter que criar hit singles o tempo todo é a parte difícil da indústria da música. Mas criar música? Isso era bem mais fácil e mais artisticamente atraente para Pete", disse o cantor.
E aí começa a surgir uma obra completa, comenta Daltrey. "Pete veio com a ideia de como seria a vida se você tivesse que vivê-la apenas através de vibrações de sentimentos. A ideia era, “Imagina se você fosse cego, surdo e mudo. Como seria experimentar certos momentos da sua vida?” E tínhamos uma música chamada “Amazing Journey". Esse foi o começo de tudo. Minha lembrança é que gravamos uma música sobre um menino cego, surdo e mudo e cresceu daí. Basicamente, Pete foi para casa depois que gravamos e voltou com outras músicas que gradualmente combinavam e iam formando o esboço do que seria "Tommy". Pediram para que John Entwistle escrevesse sobre o lado sombrio das coisas. Havia personagens obscuros como Uncle Ernie, com o qual nos divertimos na época. John escreveu essa faixa e “Cousin Kevin”, que é a maldosa. Pessoas falam sobre o Tommy de Pete Townshend, mas na verdade é o Tommy do The Who."
Por vezes, a banda chegou a se preocupar com o fato de "Tommy" ter se tornado tão grandioso a ponto de ofuscar qualquer trabalho posterior da banda. Mas o medo de que isso acontecesse veio de verdade após a realização do filme, em 1975. "Eu nunca tinha percebido a diferença entre o que se chama de estrela de cinema e estrela de rock. Era absurdamente diferente. Foi muito difícil de lidar até um, dois anos depois daquilo. Mas no final das contas, eu estava determinado a ficar com o The Who durante toda a montanha-russa da época. Foi uma loucura. Pessoas te tratam diferente e você pensa “Eu não quero ser tratado diferente. Eu só quero estar em uma banda de rock”. Sem contar que era um saco as pessoas me chamarem a todo tempo de Tommy. Foi difícil. Apenas muito, muito difícil", finalizou.
Confira abaixo uma performance explosiva do The Who em 1970, auge da turnê de "Tommy", com a performance do álbum na íntegra:
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