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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Jornalista irlandês escreve livro atacando ativismo de Bono

Uma nova polêmica surge no cenário literário e das celebridades. O jornalista irlandês Harry Browne escreveu um livro sobre Bono, onde ataca ferozmente o ativismo do líder do U2.
 
"The Frontman: Bono (In the Name of Power)" acaba de ser lançado pela Verso em papel e ebook e a primeira frase do livro já dá a tônica dos ataques entre conterrâneos: "A filantropia das celebridades assume muitas formas, mas, possivelmente, ninguém retrata tão bem seus delírios, pretensões e deformações quanto o líder do U2, Paul Hewson, o Bono. Sua fama humanitária não tem nada a ver com doar parte de sua fortuna aos pobres. Tornou-se símbolo do bom caráter da elite rica, pronta a encampar ideias que eliminem a fome e a pobreza do mundo."

Browne deixa claro que em momento algum questiona a música e o sucesso feitos pelo U2. "Não estou focado nas motivações de Bono, mas na sua retórica, ações e consequências. Afinal, por três décadas ele amplificou o discurso recorrente da elite, defendendo soluções ineficazes, tratando os pobres com paternalismo, 'kissing the asses' dos ricos e poderosos", disse o jornalista, que relata uma história não confirmada sobre um show do U2, em Glasgow, quando Bono pediu silêncio à plateia e começou a bater palmas devagar e falou: "Cada vez que bato palmas, uma criança morre na África". Uma voz gritou na multidão teria gritado: "Então, porra!, pare de bater palmas."

O livro foi recebido com frieza pela grande imprensa internacional e elogios rasgados de intelectuais de esquerda. A chefe-executiva do projeto Chernobyl Children, Adi Roche, não gostou nem um pouco das críticas feitas a Bono. “Estou devastada por este livro. Em termos de seu trabalho com direitos humanos e justiça, Bono é incomparável e alguém de quem devemos ter muito orgulho. Porque nós vivemos em uma democracia as pessoas podem escrever o que querem, mas o trabalho de Bono é o testamento e o antídoto para tal literatura e eu gostaria de encorajar as pessoas a não comprarem este livro. Muito da doação deles é feita discretamente e é feita sem qualquer alarde e sem chamar a atenção. Eles não estão fazendo isso para ganhar manchetes. A foto que eles fizeram na África para a campanha da Louis Vitton, na qual eles usavam a linha Edun, cada centavo que eles receberam foram para caridade. Nada disso virou manchete de primeira página", questionou.

Uma curiosidade é que em seu livro, Browne menciona outro título que chega a conclusões opostas ("Bono's Politics – The Future of Celebrity Activism", de Nathan Jackson, disponível para download gratuito em www.bonospolitics.com). Vale a leitura e a reflexão de diferentes pontos de vista sobre a mesma história.

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