Este mês completam 40 anos do lançamento de um dos discos mais emblemáticos da história. Os números ligados a "Dark Side Of The Moon" são realmente impressionantes.
Foram mais de 40 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, 15 anos consecutivos entre os 200 mais vendidos da Billboard e sempre figurando entre os dez melhores discos da história.
Porém, os feitos do oitavo disco do Pink Floyd vão mais longe que os números. Não vamos detalhar as canções que Roger Waters, David Gilmour, Richard Wright e Nick Mason compuseram, porque estas permanecem intactas no consciente popular. Vamos contar como que o álbum revolucionou a maneira das pessoas ouvirem discos. Mesmo após todo esse tempo, ainda não se descobriu como expandir a mente de uma forma tão natural e simplista (ou nem tanto assim), mas sem precisar apelar para o uso de substâncias ilícitas.
Quem conhece a história da banda, sabe que o líder Syd Barrett ficou "maluco beleza", forçando assim a sua saída da banda. Isso no final dos anos 1960. A partir disso, o Pink Floyd decolou em uma direção diferente. Os tons psicodélicos de Barrett ainda estavam lá, mas os álbuns começaram a se tornar mais palatáveis. Ainda assim, através de uma série de registros musicalmente complexos, os quatro membros remanescentes do Pink Floyd começaram a tratar de temas pessoais, misturados a uma sonoridade 'freak'.
Ao longo de discos como "Atom Heart Mother", "Meddle" e "Obscured By Clouds", o Floyd foi moldando seu som até chegar a "Dark Side". A ideia em torno do álbum soava simples. Ao abordar temas recorrentes ao homem como dinheiro, tempo, loucura, morte, entre outros assuntos, a obra parecia ser uma homenagem indireta a Sid, que à época, já se encontrava com suas funções mentais bem avariadas. Mas não deixa de ser uma homenagem à geração de jovens com seus 20 e poucos anos, em busca de uma razão e propósito. "Dark Side" não traz necessariamente essas respostas, mas convida todos a uma reflexão. Ainda que para isso seja preciso "enlouquecer" um pouco…
Quem conhece a história da banda, sabe que o líder Syd Barrett ficou "maluco beleza", forçando assim a sua saída da banda. Isso no final dos anos 1960. A partir disso, o Pink Floyd decolou em uma direção diferente. Os tons psicodélicos de Barrett ainda estavam lá, mas os álbuns começaram a se tornar mais palatáveis. Ainda assim, através de uma série de registros musicalmente complexos, os quatro membros remanescentes do Pink Floyd começaram a tratar de temas pessoais, misturados a uma sonoridade 'freak'.
Ao longo de discos como "Atom Heart Mother", "Meddle" e "Obscured By Clouds", o Floyd foi moldando seu som até chegar a "Dark Side". A ideia em torno do álbum soava simples. Ao abordar temas recorrentes ao homem como dinheiro, tempo, loucura, morte, entre outros assuntos, a obra parecia ser uma homenagem indireta a Sid, que à época, já se encontrava com suas funções mentais bem avariadas. Mas não deixa de ser uma homenagem à geração de jovens com seus 20 e poucos anos, em busca de uma razão e propósito. "Dark Side" não traz necessariamente essas respostas, mas convida todos a uma reflexão. Ainda que para isso seja preciso "enlouquecer" um pouco…
"Dark Side" não era um álbum de hits. Seguiu a tendência dos álbuns conceituais, algo que era para ser ouvido do início ao fim, com pausa apenas para virar do lado A para o B. Outras pessoas conseguiram achar significado em outras coisas – a sincronização com o filme "O Mágico de Oz", por exemplo -, mas o verdadeiro apelo do trabalho não são as histórias no sentido literal. Não há contos dentro de cada música. Cada ouvinte as interpreta da forma que lhe convém. Decididamente, é uma obra aberta. Chegou a milhões de pessoas em um nível profundo porque não havia uma história real para que todos a entendessem. Loucura, a morte, a passagem do tempo, a ganância, tensão: tudo o que você precisava para alimentar sua crise existencial foi encontrado dentro dos sulcos de "Dark Side Of The Moon".
A história por trás da famosa capa – Para início de conversa, quem acha que Richard Wright era bom apenas com as composições, saibam que a ideia por trás da capa foi dele. O título "O lado negro da lua" dá margem à enigmas e interrogações que nos remete aos mistérios do universo e, porque não, os mistérios da mente humana.
zpink-floydUm feixe de luz atinge a pirâmide e transforma-se em um arco-íris e, assim falando em pirâmides, o mistério vem à tona pelo fato dos integrantes terem dado um passeio pelas pirâmides do Egito atrás de uma foto para o álbum. Então, Rick tem a ideia de representar tamanhas dúvidas em um simples prisma.
Há uma metáfora floydiana, é claro, pois o álbum não trata da vida para além da terra, ou sobre o espaço, sobre alienígenas ou sobre o cosmos, mas trata daqui, do Planeta Terra, onde vivemos, onde cada ser humano parece viver sob seus próprios demônios e tem o seu lado negro. A lua eclipsa o sol num raro fenômeno, o eclipse solar, onde só certas regiões podem ver o eclipse completo.
Continuando na metáfora floydiana, cada ser humano possui em seu cérebro mais células do que estrelas da Via Láctea, e existem na Via Láctea mais estrelas do que grãos de areia aqui no Planeta Terra e, se somos capazes de olhar o universo e compreender sua grandeza, então talvez sejamos tão grandes como ele.
O cérebro humano pode não pesar um quilo, mas é tão complexo quanto o universo, e assim, nós humanos podemos eclipsar o verdadeiro sentido da vida mostrando nosso lado negro, onde o eclipse apaga a luz do sol aos poucos, dando-nos o verdadeiro sentido da vida, que é a morte e que, ao final de tudo, não existe lado negro, na verdade, é tudo negro. E é exatamente essa a frase que encerra o disco após a faixa "Brain Damage / Eclipse". Sendo assim, acreditem: tudo isso é esboçado por um único prisma. Genial, não?
Tracklist:
01. Speak To Me
02. Breathe
03. On The Run
04. Time
05. The Great Gig In The Sky (feat. Clare Torry)
06. Money
07. Us And Them
08. Any Color You Like
09. Brain Damage
10. Eclipse
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